BOO! Terror nas Redes Sociais: Como o Halloween está mudando o consumo brasileiro
- Margareth Furtado

- 27 de out.
- 3 min de leitura
Se há alguns anos sonhar com abóboras entalhadas e fantasias em pleno 31 de outubro era pura curiosidade importada, hoje o Halloween virou evento pop no calendário nacional (e nos feeds, claro).
A magia não está só na fantasia, mas no ritual coletivo de pertencer, e criar à mão virou o novo luxo brasileiro. Quer saber por quê? Vem comigo, que prometo: aqui, só susto de criatividade!
Halloween: o palco do estilo, da imperfeição e do improviso
Acha que Halloween no Brasil é só susto? Não, é puro estilo! Pesquisa da Globo aponta que 33% dos brasileiros vão comemorar a data, chegando a 50% entre jovens de 18 a 34 anos, esse é o bloco dos fantasiados, que trocam o “doces ou travessuras” por “likes ou criatividade”.
O medo ficou pequeno perto da vontade de se expressar: vídeos “get ready with me”, maquiagens exageradas, looks híbridos, festas temáticas e memes memoráveis tomaram conta dos feeds.
No Brasil, quem nunca improvisou uma fantasia com o que tinha em casa? Hoje, o erro vira charme, o meme é figurino, e quem acerta mesmo é quem abraça a imperfeição.
O feito à mão virou luxo: abóboras entalhadas, decoração artesanal, maquiagem feita na raça, tudo é hype e símbolo de exclusividade. Afinal, ser estranho é que está na moda.
O feito à mão: o novo selo de autenticidade do consumo
Num mundo saturado de imagens perfeitas (e filtros que dão mais medo que palhaço de filme antigo), a imperfeição voltou a valer ouro. Ilustrações, produções e colaborações reais são o novo “fator wow” das marcas. Nada de IA que copia abóbora de banco de imagens: consumidor quer história e traço humano, quer originalidade de verdade, um figurino ou uma decoração que tenha cara, alma e algum glitter grudado do ano passado.
Essa onda já engoliu o varejo: vendas de produtos ligados ao Halloween cresceram 34% entre 2023 e 2024, e decorações feitas à mão ganham destaque em casas, lojas e festas.
Decoração temática virou uma das maiores tendências, com guirlandas artesanais, arranjos com flores e folhas do Halloween “tropical” e abóboras com luz interna de LED ou pintadas à mão.
O que é versátil, criativo e feito com carinho, vende, e vende muito!
Entretenimento & consumo: a marca que não aproveita o Halloween é a Rainha dos Condenados

Para as marcas, outubro virou mês da ousadia: é quando vale soltar a imaginação e apostar em campanhas mais leves e bem-humoradas. O público está pronto para rir, improvisar e compartilhar, basta criar uma situação única, divertida e “instagramável” que seja impossível não registrar.
Destaques recentes mostram que o sucesso está em misturar tendências pop, memes e o jeitinho brasileiro.
Em 2024, a Nissin lançou o Misteriojo e virou protagonista: Miojo sombrio, mistério no prato e uma legião de fãs prontos para entrar na brincadeira. Já a Natura inovou com “Bruxa vs Vampira”, convidando o público a disputar looks de maquiagem no Tik Tok.
E no segmento de decoração, cada vez mais colaborativo, abóboras pintadas por artistas locais e arranjos tropicais expressam o que há de mais brasileiro na tradição.
Halloween com sotaque, humor e história
O Halloween abrasileirado é uma mistura de estética pop, meme, batidão e muita cor. A comemoração não é só importada: é reinventada.
O susto virou sorriso, o improviso virou collab e a festa virou palco do pertencimento. No fim das contas, o desejo é o mesmo: criar, se expressar e pertencer, seja de vampiro, sereia neon ou criador de abóboras tropicais.
No Brasil, Halloween é sobre mostrar quem você é (nem todo monstro tem cara feia).
E, no mundo do consumo, a originalidade é mais poderosa que qualquer feitiço. Só não vai bancar o fantasma e sumir dessa trend! Conta pra mim, como você está aproveitando o Halloween por aí?


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